Justiça

'Me chamaram de p*** por não poder me chamar de ladra', diz Ana Patrícia sobre agressões após eleições da OAB-BA

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No último dia 25, advogada denunciou que um carro de som proferiu ofensas contra ela e deixou rosas com um cartão escrito “nunca será!”.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/OAB-BA

Publicado em 10/12/2021, às 11h41   Redação BNews


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A candidata derrotada nas últimas eleições da seção baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), a vice-presidente da instituição, Ana Patrícia, fez um desabafo na última sessão do Pleno da entidade.

Na ocasião, a advogada, que desembarcou do grupo político que conseguiu manter sua hegemonia nas últimas eleições, fez referência às agressões que sofreu no dia seguinte à vitória da nova presidente da entidade, Daniela Borges, no último dia 24.

"Ter sido chamada de puta na frente da minha casa, do porteiro, dos vizinhos, da minha filha, foi algo que me machucou muito. Mas também me alegrou. Me chamaram de puta - e todo mundo sabe aqui quem foi - por não poder me chamar de ladra ou de corrupta. De desonesta", afirmou.

No último dia 25, Ana Patrícia denunciou que um carro de som proferiu ofensas contra ela no endereço em que vive, e deixou um buquê de rosas, com um cartão escrito “nunca será!”. Na época, a defensora comunicou que prestaria queixa pelo episódio.

No mesmo pronunciamento, Ana Patrícia lamentou que Daniela não tenha tido, na avaliação dela, uma postura mais "enérgica" diante do ocorrido. No mesmo dia que o relato das agressões foi noticiado, Daniela manifestou repúdio às ofensas sofridas por sua principal oponente ao longo do pleito.

"Tenho que lhe confessar também minha tristeza, pois eu esperava que você [se dirigindo a nova presidente da Ordem] começasse gigante. Quando fui chamada de puta, esperava de você uma manifestação mais firme além de duas linhas dizendo que era contra violência contra qualquer pessoa", lamentou.

Ana Patrícia ainda disse que se sentia "verdadeiramente feliz" por Daniela ter sido escolhida para presidir a entidade pelo próximo triênio, descreveu a colega de carreira como alguém "extremamente competente", mas cobrou que ela seja "presidente para todas", e não apenas para um "grupo de amigos".

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