Tá perdoado? Após aliança, Rui minimiza participação do MDB no impeachment de Dilma

Após a confirmação da aliança com o MDB para as próximas eleições, o governador Rui Costa (PT) respondeu a questionamentos sobre o partido - principal articulador político do impeachment de Dilma Rousseff (PT), ex-presidenta cassada em 2016 quando seu vice, Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados da época era Eduardo Cunha (MDB).

Em seus discursos, já neste ano, Rui Costa sempre alertou eleitores para "ter cuidado com lobos na pele de cordeiro" - foi algo que, inclusive, mencionou na última quarta (30), em entrevista à rádio Metrópole. Com a chegada de Geraldo Júnior (MDB) à base do governo enquanto candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT), Rui abrandou um pouco o discurso e tirou o holofote das acusações do MDB. Nesta quinta (31), ele comentou o impeachment em entrevista à Rádio Sociedade.

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"Um golpe contra o povo brasileiro, contra a democracia. Entre eles, o PP. Os deputados da Bahia não votaram a nosso pedido, mas o PP e PL participaram do núcleo da articulação. Esses partidos nacionalmente estavam e estão abraçados com Bolsonaro, embora os parlamentares não votarem pela cassação de Dilma", disse Rui, direcionando o discurso para o PP do seu vice-governador e ex-aliado, João Leão.

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Rui ainda mencionou outros partidos e disse que o grande problema é o multipartidarismo brasileiro. Para Rui, há partidos demais.

"Os partidos que estavam conosco já votaram [pela cassação de Dilma]. O PDT, vários partidos da nossa base votaram. Se a gente olhar só pro retrovisor, não vamos a lugar nenhum. O brasileiro não tem o mundo partidário que o país merece. Nenhum país desenvolvido tem essa realidade partidária, o Brasil é um péssimo exemplo que ninguém quer seguir. É uma farra partidária. O Brasil não tem 40 projetos pra ter 40 partidos. O Brasil anda num caminho ingrato e parte de nossos problemas é fruto desse absurdo", afirmou Rui Costa.