Política

Vereador gaúcho que fez declarações xenófobas contra baianos será investigado pelo MP-RS; saiba detalhes

Bianca Prezzi / Câmara Caxias / Divulgação
O vereador gaúcho também será investigado pela Polícia Civil  |   Bnews - Divulgação Bianca Prezzi / Câmara Caxias / Divulgação

Publicado em 01/03/2023, às 16h38   Cadastrado por Edvaldo Sales



Além de ser investigado por racismo pela Polícia Civil de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, o vereador Sandro Fantinel também virou alvo do Ministério Público do estado (MP-RS) por causa de suas falas contra os trabalhadores baianos encontrados em situação de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves.

O órgão vai abrir investigação civil e criminal contra Sandro Fantinel, que foi expulso do Patriotas, partido que integrava. Em seu discurso no plenário da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, na última terça-feira (28), o edil disse para empresas e produtores rurais do Sul do país contratarem funcionários "limpos" para a colheita da uva, e não deveriam buscar "aquela gente lá de cima", se referindo aos nordestinos.

Os 192 trabalhadores resgatados tinham entre 18 e 57 anos e trabalhavam para a empresa Oliveira & Santana, que presta serviços terceirizados para vinícolas de Bento Gonçalves, como Aurora, Santon e Garibaldi. As três dizem que não tinham conhecimento da situação relatada pelos trabalhadores e que repudiam violações de direitos humanos.

Políticos baianos reagem 

Autoridades da política baiana reagiram à fala do vereador gaúcho. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) acusou, nesta quinta-feira (1º), Sandro Fantinel de defender trabalho escravo e a xenofobia contra os baianos. O gestor ainda classificou o comportamento do edil como “desumano, vergonhoso e inadmissível”. 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União) também se posicionou sobre o assunto. No Twitter, ele disse que o posicionamento preconceituoso do edil “retratam a xenofobia e o racismo em sua pura essência”. Bruno também defendeu que o caso seja devidamente apurado. “Que as medidas cabíveis sejam tomadas para ninguém tratar apologia ao trabalho escravo como algo normal. Precisamos dar um basta nisso!”, salientou.

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